Professor e sua voz: um assunto sério

Olá Pessoal,

Ano passado, depois do recesso de julho assumi uma turma no turno da tarde da escola onde trabalho. E logo no primeiro dia senti um cansaço sem medida na voz. Foram dois meses, salas amplas, as crianças bem animadas, falavam muito, e minha voz sumindo. 
No finalzinho do ano, fui procurar um otorrino e... Exatamente! nódulo nas pregas vocais. Por  sorte  busquei ajuda com antecedência. 
Cheguei à conclusão de que é essencial a todos os profissionais da educação um acompanhamento com fono, pois a voz é coisa séria e alguns só percebem isso quando já está tarde demais. Vejam meu caso. Acabei de passar em um concurso imaginem se não estivesse tratando...

Por esse motivo, colo aqui um artigo que li na Revista Nova Escola. Atentemos!! Pois a voz é nosso instrumento de trabalho.



O professor faz parte de uma das categorias profissionais que mais se comunicam oralmente durante o trabalho. Todos os dias, fala por várias horas para cerca de 30 pessoas, frequentemente em um ambiente com interferências externas, o que o leva a forçar cada vez mais a voz. Sem entender os sintomas, muitos levam essas situações até o limite, quando as cordas vocais estão feridas, o que interfere na rotina de trabalho.

Segundo Leslie Ferreira, coordenadora do Laboratório de Voz (Laborvox), da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), cerca de 60% dos docentes apresentam sintomas como rouquidão, cansaço ao falar, disfonia e pigarro. Fabiana Zanbom, fonoaudióloga do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro), acrescenta: "Como há pouca informação sobre o tema, muitos professores não procuram ajuda e a maioria chega ao consultório médico já com alterações de voz". Para ela, a orientação durante a faculdade de Pedagogia e os cursos de licenciatura poderia colaborar para que esse tipo de problema se tornasse menos comum.

Quem já chegou ao limite precisa buscar atendimento médico, mas o melhor caminho é a prevenção. O Ministério da Educação (MEC), no entanto, não tem um programa voltado a evitar os distúrbios vocálicos. E, embora muitas redes de ensino promovam ações nesse sentido, a maior parte delas é pontual e não existe mais. Faltam, portanto, programas permanentes que orientem os educadores.

Para tentar preencher essa lacuna, foi criado em 2011 um grupo de discussão no Ministério da Saúde. A iniciativa não é exclusivamente para escolas e nos próximos meses deve ser lançado um documento com indicações para garantir ambientes de trabalho mais saudáveis e organizados. As orientações incluem, por exemplo, controle de ruído, ventilação correta e espaços para descanso.


Não perca amanhã traremos algumas dicas de como cuidar da voz!!

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